Impacto da Pobreza e Exclusão Social nos Idosos em Portugal – Relatório 2022

O relatório “Pobreza e Exclusão Social em Portugal 2022”, disponível aqui, contém várias informações relevantes sobre a situação dos idosos em Portugal. Aqui estão alguns pontos-chave:

  • 16,4% da população em Portugal não tinha capacidade financeira para manter a casa adequadamente aquecida. Os idosos isolados e as mulheres a viverem sozinhas são os que apresentam maior proporção de pessoas com esta incapacidade, realidade que atinge 28,4% e 27,5% destas populações respectivamente.
  • A vulnerabilidade à privação material e social severa por parte da população sénior agravou-se nos últimos dois anos, criando uma importante distância face aos restantes grupos etários. Este agravamento corresponde aos anos de 2020 e 2021, o que indica um importante impacto da pandemia nesta população. Em 2019, Portugal era o 10º da UE27 com maior taxa de privação material e social severa entre os idosos. Com o impacto de dois anos de pandemia, Portugal passou a ser o 6º com maior taxa entre idosos.
  • Segundo dados da Guarda Nacional Republicana (GNR) e da PSP, foram sinalizados um total de 45 728 idosos, correspondendo a 2% dos idosos em Portugal. Estes idosos foram sinalizados por viverem sozinhos e/ou isolados, ou numa situação de vulnerabilidade, em razão da sua condição física, psicológica, ou outra que possa colocar em causa a sua segurança.
  • Em 2021, existiam na área de atuação da GNR 44 484 idosos sinalizados na Operação Censos 2021, mais 2 045 idosos do que em 2020 e mais 2616 do que em 2019. Os distritos com maior número de idosos sinalizados por esta entidade foram Vila Real (11.7% do total de sinalizações), Guarda (11.3%), Viseu (8%), Faro (7.9%) e Beja (7.7%).
  • No caso do Programa “A solidariedade não tem idade” da PSP foram sinalizados um total de 1 244 idosos no território de atuação desta entidade. Na base desta sinalização encontramos as vulnerabilidades relativas à sua autonomia reduzida (46%), o isolamento geográfico e/ou social (31%), as vítimas de violência ou crime (10%) e outros motivos (14%).

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